ADVOGADO DO DIABO – Estreando a coluna ADVOCACIA NAS TELAS

BOM DIA!

                    É com muita satisfação que hoje vamos estrear a coluna:

                                               “ADVOCACIA NAS TELAS

          Para vocês que estão chegando no blog agora, não deixem de acompanhar outras categorias. O mapa de todas, você encontra aqui (mapa das categorias).

          Se é para falar da Luta Diária da Advocacia, nada mais justo do que indicar alguns filmes, sucessos de bilheteria, que os coloquem em contato com as mais diversas atuações, interpretadas por atores geniais, em filmes que mostram tanto o lado positivo da profissão, quanto os conflitos emocionais/psicológicos que muitas vezes dominam o profissional. Não é novidade para ninguém a “má-fama” que a classe dos advogados carrega, atribuindo ao defensor, muitas vezes, um estereótipo pejorativo. E essa idéia se propaga em grande parte dos filmes. Mas, o interessante é a abordagem do tema, é mostrar  os diversos ângulos na atuação de um advogado. Teremos nessa coluna e na coluna “opinião” a oportunidade, inclusive, de debater essa “generalização” que a população faz. Os advogados são defensores de seus protegidos. Ao defenderem uma das partes, acabam desagradando a outra. A profissão é bela, é empolgante, exige conhecimento, responsabilidades, empenho, e muita paixão. Um pouco disso, poderemos acompanhar nesses filmes.

(CONTINUE LENDO)

        Para estrear, escolhemos um filme fantástico, que recomendo a todos, pela temática, pelas abordagens, pelo misto de suspense  e terror que acometem os personagens. Mas, não somos nós  quem vamos falar desse filme. Para isso, chamamos um profissional, crítico de cinema.

LEANDRO SAMORA

     Conjuntamente, essa coluna inicia a categoria COLABORADORES”. São profissionais em parceria com nosso blog, abordando temas de suas respectivas áreas, em suas colunas, semanais e mensais.

      Hoje, apresentamos LEANDRO SAMORA. Graduando de História, na Unicamp, se consagrou reconhecido crítico de cinema, contribuindo para diversos sites e blog’s, como http://www.artnativa.com/, colaborando com a crítica de mais de 200 filmes no período de um ano. Também é autor de contos, chargista, e consultor de redações para concursos.

            É um grande prazer tê-lo conosco amigo! Vamos à Coluna.

por: Leandro Samora

  Opa!

       Para quem está chegando agora, esta será uma coluna que abordará o Direito sob uma perspectiva diferente: o cinema. Partindo de filmes consagrados – ou não – a idéia é criar discussões sobre temas pertinentes a esse universo.

        E eis o primeiro problema

     O filme escolhido para iniciar esta nova atração é o ótimo O advogado do Diabo (1997). À primeira vista, não parece uma escolha muito elogiosa aos advogados, de um modo geral. Mas eu garanto que não é um tiro no pé!

     Para começar, vale a pena repetir que é mesmo um filme muito bom, com uma atuação memorável do Al Pacino. Se você ainda não conhece, fica a sugestão.

     De toda forma, mesmo se você nunca viu o filme, já deve ter esbarrado em trama semelhante: é uma dessas histórias que já foram contadas várias vezes, em tempos, lugares e de maneiras diferentes. O advogado do Diabo tem uma abordagem de suspense e terror que tornam a narrativa do filme única, mas a essência do enredo soa bastante familiar porque se trata de um assunto muito humano. Antes de tudo, é uma história sobre a vaidade.

    Kevin Lomax (Keanu Reeves) é um jovem e promissor advogado do interior da Flórida, que vem montando uma carreira impecável, sem nunca perder um caso. Tamanho sucesso acaba chamando a atenção de um grande escritório de Nova Iorque e lá vai o rapaz se perder na Grande Maçã. Porque a cidade grande seduz, e seu novo chefe, John Milton (Al Pacino) faz de tudo para envolver o novo funcionário com as mais variadas tentações: poder, dinheiro, mulheres.

   É a velha história do homem bom que se deixa levar pela própria vaidade, que acredita ser infalível e acaba se corrompendo, perdendo no caminho sua essência de virtude. Porque Kevin Lomax teve uma escolha.

     O ponto de virada da trama se dá logo no começo do filme. Vemos a personagem de Keanu Reeves às voltas com a defesa de um professor acusado de pedofilia – e claramente culpado.

     O advogado está convencido da culpa de seu cliente e chega mesmo a ter um momento de hesitação. Mas é provocado, tocado num ponto muito delicado. Será que ele quer mesmo interromper sua brilhante sequência de sucessos e falhar logo agora?

      Não, ele não quer.

    Numa manobra duvidosa, consegue reverter o caso e culpar uma adolescente pelo próprio estupro. Muitos vivas, comemorações e o passaporte para Nova Iorque carimbado.

   Evidentemente, nenhum advogado quer falhar de forma deliberada. Ninguém quer ser um mal profissional e fugir de suas obrigações. Entretanto, há que se pensar.

    Porque o Direito lida com questões delicadas, que muitas vezes vão colocar à prova sua consciência, seus valores. O advogado lida com as pessoas e isso nunca é simples. Todos os dias ele toma contato com histórias pesadas, histórias tristes. Inocentes lesados ou culpados confessos. Todo o tipo de gente.

    O advogado tem uma responsabilidade. A responsabilidade de ser a voz de uma pessoa que, inocente ou não, tem direito a uma defesa e cabe a ele decidir como isso será feito.

    E se ele libertar uma pessoa má? E se condenar uma pessoa boa? E se o evidente poder que ele exerce dentro da sociedade for maior do que qualquer princípio seu e tudo o que interessar for o dinheiro? Porque Kevin Lomax, nosso advogado do filme, em determinado momento conta que foi advogado de acusação, com 64 condenações seguidas. Mais tarde, percebendo onde o dinheiro de verdade estava, foi defender os mesmo bandidos que tanto se esforçou para colocar na cadeia. Tudo pela vaidade de ser um campeão, de encher os cofres, comprar ternos bonitos e parecer melhor perante os demais.

    E então, eu pergunto: qual a real responsabilidade de um advogado?

   É um dilema para se pensar.

   Abraços!

(Logo mais, na coluna “opinião”, discutiremos um pouco mais sobre os dilemas morais, e a responsabilidade do advogado. Desde já, fica lançado o debate)

   Você já assistiu o filme? Comente, compartilhe, debata!

  Não percam, logo mais, mais filmes aqui!

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1 comentário

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